domingo, 21 de janeiro de 2018

SUPERPAIS, SUPERPROFESSORES E SUPERFILHOS

Fica a referência a mais uma pequena colaboração numa peça dedicada a um dos temas educativos do momento, a “Supernanny”. Agora no Público com a Bárbara Wong.
Não quero ser demasiado optimista mas talvez toda esta polémica possa contribuir para devolver alguma serenidade à educação familiar, algo que em muitas famílias parece ser um bem escasso. Já agora seria também desejável que a serenidade se estendesse aos contextos escolares.
Talvez possamos perceber que na verdade não precisamos de “superpais”, “superfilhos” ou “superprofessores” tal como não precisamos de discursos inconsequentes sobre a culpa ou inquietantes como a falta de “pedagogia do chinelo” tão referida nas caixas de comentários dos jornais.
Precisamos de pais confiantes, seguros, com tempo para o serem, com diálogo com outros pais e com apoios para as dificuldades que surgem e são naturais, os miúdos não vêm com “manual de instruções” e “times they are a-changing’”, também nas famílias.
Precisamos de professores competentes, apoiados por colegas, directores e tutela, valorizados e reconhecidos profissional e socialmente e que contem com apoio para as dificuldades.
Precisamos de crianças que cresçam rodeados pela combinação certa de tempo. afecto, regras e limites que as ajudem a um desenvolvimento saudável e autónomo. Não precisam de ser excelentes a tudo nem cumprir uma agenda intoxicante de actividades fantásticas.
É pedir muito?

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