segunda-feira, 15 de maio de 2017

SÍNDROME PÓS-MINISTERIAL

Provavelmente devido ao que costumo designar por “Síndroma Pós-ministerial” os ex-ministros tendem a surpreender-nos defendendo com frequência posições ou produzindo afirmações de sentido completamente diferente à sua actuação enquanto ministros.
Nuno Crato veio dar mais um exemplo. Foi ministro de um Governo que foi um “bom aluno” e de uma subserviência ao diktat da troika que embaraçava. Ontem, num debate no Grémio Literário, afirmou ter “a pior opinião possível sobre a Comissão Europeia”. Notável. Talvez pudesse ter dito alguma coisa na altura, não? Ah, pois, mas não pode ser, eles é que mandam. Claro, os bons alunos são assim.
De resto e no que toca à educação, continua a reclamar a paternidade face aos resultados dos PISA sem que os testes de paternidades confirmem a sua exclusiva responsabilidade, refirma a excelência da sua política centrada em resultados, “a examocracia”, a criação de uma via vocacional precoce ao arrepio das boas práticas e orientações internacionais e a diabolização dos sindicatos de professores.
Nada de novo.

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