terça-feira, 16 de agosto de 2016

DA ADOPÇÃO

No Público lê-se que segundo um estudo de Grupo de Investigação e Intervenção em Acolhimento e Adopção (GIIAA) da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto “os professores primários têm falta de conhecimentos sobre a adopção e pouca preparação para ajustar a prática pedagógica nas respostas às necessidades das crianças adoptadas.”
Para além de uma rápida referência ao desajustamento da designação “professores primários”, são na verdade professores do primeiro ciclo, não conhecendo o estudo fico com uma enorme dúvida sobre o que serão “práticas pedagógicas” adequadas para crianças adoptadas.
Não tenho dúvida sobre um eventual menor conhecimento sobre as problemáticas da adopção e das crianças adoptadas, produzindo eventuais discursos ou atitudes menos desejáveis mas estaremos mesmo a falar de “práticas pedagógicas”?
Como os que acompanham este espaço poderão lembrar-se, sempre que me refiro a questões desta natureza recordo uma afirmação que ouvi há já algum tempo a Laborinho Lúcio num dos vários encontros que já partilhámos e que são sempre estimulantes.
Dizia ele que “Só as crianças adoptadas são verdadeiramente felizes. Felizmente, a grande maioria dos pais adopta os seus filhos”.
É, também me parece que a esmagadora maioria dos professores e educadores “adopta” os seus alunos.
E é assim que deve ser e que ficam professores que nos marcam.

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