sábado, 4 de junho de 2016

DA GERINGONÇA

O Congresso do PS, como todos, tem uma forte componente litúrgica. Do caderno de encargos está a destacar-se a tentativa, falando para dentro e para fora como se costuma dizer, de reforçar e  mostrar a solidez da geringonça.
Não me substituo aos analistas políticos, aos comentadores, opinadores e demais politólogos mas, do meu ponto de vista, é importante que a geringonça funcione. 
Como já escrevi e muita gente afirma são tempos históricos e, do meu ponto de vista, uma oportunidade única para reverter, como agora se diz, uma política fundamentalista austeritária que atropelou muitos milhares de pessoas empurradas para desemprego, exclusão e pobreza.
Uma nota. Não sou simpatizante fidelizado de nenhum dos partidos signatários do acordo o que não obsta a que tenha um posicionamento de natureza ideológica, sim ideológica, que me faça assumir a necessidade e a esperança num caminho diferente do tivemos com PSD e CDS-PP.
As dificuldades internas e externas serão imensas, os mercados e e os seus servidores desejam um falhanço que devolva o poder a quem os serve. Podemos, aliás, verificar como se esforçam nesse sentido.
O caminho é difícil, os obstáculos e armadilhas são muitos e grandes, a margem de erro é estreita, mas não podem falhar na construção e manutenção de uma outra via mais amigável para as pessoas. É esse o sentido da mudança necessária.
Não podem falhar por responsabilidade vossa.
A história não vos absolverá. Não transformem a geringonça que anda numa passarola voadora que não voou.

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