sábado, 14 de maio de 2016

POR FAVOR, NÃO REFIRAM "BARRIGAS DE ALUGUER"

Foi aprovada a alteração no quando legislativo da Procriação Medicamente Assistida que legalizou o recurso à maternidade de substituição.
Tal como noutras dimensões, mais do que questões de natureza científica, estão em causa valores pelo que a decisão agora tomada nunca será entendida com tranquilidade por toda a gente.
O que foi agora decidido permite algo de "irrelevante", o sonho da maternidade que para algumas famílias por razões inultrapassáveis era impossível de cumprir em Portugal. Curiosamente esta possibilidade é contestada por quem debita continuamente discursos de defesa da família. Veja-se a título de exemplo o inacreditável texto da deputada Inês Teotónio Pereira no DN.
Tal como na discussão sobre a interrupção voluntária da gravidez, não se trata de ser a favor ou contra o aborto, ou a favor ou contra a maternidade de substituição. Trata-se de permitir que se realize nas condições definidas e por quem não queira a abdicar da magia da maternidade.
Não espero nem peço que quem não concorde com a decisão mude de opinião. Apenas peço aos que se refiram a esta matéria que não falem em “barrigas de aluguer”.
A designação é ofensiva da dignidade e seriedade de um processo de maternidade e nem sequer a lei aprovada permite que tal aconteça.
No entanto, se a natureza da expressão for atractiva por alguma razão, podem usar e abusar de uma outra designação da mesma natureza, “as cabeças de aluguer”, as cabeças que são usadas para pensar o que quem pode decidir quer que pensem. E muitas vezes são mesmo de aluguer, com pagamento e tudo, em géneros, em serviços ou em ... um empregozinho.
A leitura diária da imprensa, ou os trabalhos parlamentares são um manancial inesgotável de exemplos de “cabeças de aluguer” sem que tal espectáculo cause, aparentemente, grandes sobressaltos.
Mas definitivamente, barrigas de aluguer, não.

1 comentário:

pvnam disse...

Muito pessoal não quer ASSUMIR a realidade:
- Nas Sociedades Tradicionalmente Poligâmicas apenas os machos mais fortes é que possuem filhos.
- No entanto, para conseguirem sobreviver, muitas sociedades tiveram necessidade de mobilizar/motivar os machos mais fracos no sentido de eles se interessarem/lutarem pela preservação da sua Identidade!... De facto, analisando o Tabu-Sexo (nas Sociedades Tradicionalmente Monogâmicas) chegamos à conclusão de que o verdadeiro objectivo do Tabú-Sexo era proceder à integração social dos machos sexualmente mais fracos; Ver o blog «Origem Tabu-Sexo» [http://tabusexo.blogspot.com/].
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Com o fim do tabu-sexo:
- por um lado, muitas mulheres das sociedades tradicionalmente monogâmicas vão à procura de machos de maior competência sexual, nomeadamente, machos oriundos de sociedades tradicionalmente Poligâmicas: nestas sociedades apenas os machos mais fortes é que possuem filhos, logo, seleccionam e apuram a qualidade dos machos;
- por outro lado, muitos machos das sociedades tradicionalmente Monogâmicas vão à procura de fêmeas Economicamente Fragilizadas [mais 'dóceis'] oriundas de outras sociedades... ora, todavia, no entanto, recusar este caminho... deve ser um legítimo Direito ao qual os machos devem ter acesso!
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E mais:
- Muitas mulheres heterossexuais não querem ter o trabalho de criar filhos... querem 'gozar' a vida; etc;
- Muitos homens heterossexuais não querem ter o trabalho de criar filhos... querem 'gozar' a vida; etc;
-» Concluindo: é uma riqueza que as sociedades/regiões não podem deixar de aproveitar - a existência de pessoas (homossexuais ou heterossexuais) COM DISPONIBILIDADE para criar/educar crianças.
---» Já há mais de dez anos (comecei nos fóruns clix e sapo) que venho divulgando algo que, embora seja politicamente incorrecto, é, no entanto, óbvio:
- Promover a Monoparentalidade - sem 'beliscar' a Parentalidade Tradicional (e vice-versa) - é EVOLUÇÃO NATURAL DAS SOCIEDADES TRADICIONALMENTE MONOGÂMICAS...
{ver blogs http://tabusexo.blogspot.com/ e http://existeestedireito.blogspot.pt/}