quinta-feira, 26 de maio de 2016

FAZER AS COISAS CERTAS E FAZER CERTAS AS COISAS

As sucessivas intervenções da Secretária de Estado, Alexandra Leitão, e o anúncio inicial de que as decisões sobre o estabelecimento de novos contratos de associação assentaria num estudo rigoroso da situação existente sempre me pareceram positivas.
Partindo do princípio, para mim claro, de que os contratos de associação apenas se destinam a responder a insuficiência ou inexistência de resposta nas escolas públicas, seria necessário assegurar duas condições. Em primeiro lugar, a solidez jurídica da decisão face às alterações verificadas com Nuno Crato, um bom amigo dos negócios privados da educação e, por outro lado, que o estudo fosse de facto rigoroso e com a robustez suficiente para que não se pudessem ser usadas eventuais falhas como arma de arremesso face a uma decisão que, repito, é uma boa decisão.
No entanto, ao que se lê no Público, o estudo da rede e das respostas pode apresentar algumas falhas que lhe retiram força e credibilidade que, evidentemente, serão aproveitadas até ao limite pelos empresários da educação que esfregam as mãos com a existência de falhas.
Apesar de o afirmar com reserva, aguardemos os desenvolvimentos, a verificarem-se estas falhas, acontece o que não podia ter acontecido.
Não basta fazer as coisas certas, temos que fazer certas as coisas. 

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