sábado, 28 de novembro de 2015

OS VELHOS PROBLEMAS DAS VELHAS PRAXES, NOVO EPISÓDIO

Politécnico do Ave investiga praxe violenta

Mais um problema velho das velhas praxes, agora no Instituto Politécnico do Cávado e do Ave.
Apesar de alguma contenção que deve registar-se face a outros anos, de forma aparentemente tranquila continuam a coexistir genuínas intenções de convivialidade, tradição, integração e vida académica através, por exemplo, de actividade de solidariedade com situações de boçalidade, humilhação e violência sobre o outro, no caso o caloiro. Os episódios de abusos e excessos sucedem-se.
Apesar dos discursos dos seus defensores, continuo a não conseguir entender como é que, a título de exemplo, humilhar rima com integrar, insultar rima com ajudar, boçalidade rima com universidade, abusar rima com brincar, ofender rima com acolher, violência rima com inteligência ou coacção rima com tradição.
Assim, não simpatizando com estratégias de natureza proibicionista, creio que o caminho deverá passar por um esforço de auto-regulação das praxes nas diferentes academias e escolas.
Quando me refiro a esta questão e faço-o frequentemente, surgem naturalmente comentários de pessoas que passaram por experiências de praxe que não entendem como negativas, antes pelo contrário, afirmam-nas como algo de positivo na vida universitária. Acredito e obviamente não discuto as experiências individuais, falo do que conhecemos, do que sabemos que acontece e não devia acontecer.

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