terça-feira, 20 de outubro de 2015

NÃO FALO, NÃO OIÇO, NÃO VEJO, ... E AFINAL O QUE PENSA?

A Dra. Maria de Belém ao ser interpelada pelo Público hoje no Porto sobre como vê a actual situação política, em apenas meia dúzia de frases afirmou repetidamente que "não comenta", "não fala", "na altura prória falarei", etc. recorrendo a várias formas de .. não dizer nada. Nada de novo, sempre assim foi porque haveria de  ser diferente agora.
É evidente que a Dra Maria de Belém não percebe que o papel que se espera de alguém que assume a candidatura à presidência da República é, justamente, a capacidade pensar o país em tempo real, de ter uma visão clara que dê conteúdo e sentido ao seu pensamento para Portugal e para os Portugueses.
Nós, muitos de nós é claro, estamos cansados de um Presidente que diz nada e assiste impávido e sereno a um período devastador para a vida de milhões de portugueses. A sua voz apenas se ouve para patéticos apelos a um impossível "consenso" numa versão para gente adulta da frase idiota que tantas vezes dirigimos às crianças, "temos que ser amiguinhos".
Neste contexto é notória a diferença de conteúdo e substância das intervenções públicas de Sampaio da Nóvoa que com clareza tem defendido um entendimento sobre a situação política, sobre Portugal, os nossos problemas e  os nossos caminhos dentro, evidentemente, do quadro de funções a que se candidata. Uma liderança forte não impõe um caminho mas mostra um caminho, não se demite, nem se esconde atrás da retórica e da táctica.
É também por isto que a sua candidatura desperta receios, a prova é a candidatura fabricada de Maria de Belém, e reacções que mostram  como alguém que pensa, que é proactivo dentro das suas competências, que é autónomo mas não neutro, inquieta a pantanosa atmosfera política tecida nas teias da partidocracia.

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