terça-feira, 11 de agosto de 2015

GOSTEI DE LER, "ENSINO SUPERIOR - UM EQUÍVOCO CHAMADO BOLONHA?"

Gostei de ler o texto de Hélder Carrasqueira no Público, "Ensino Superior - um equívoco chamado Bolonha?.
O texto levanta questões pertinentes sobretudo para quem como eu entende desde sempre que o processo de reforma no âmbito da chamada "Declaração de Bolonha" assenta bem mais em questões económicas, financiamento público dos sistemas de ensino superior por exemplo, do que em matérias de natureza curricular e qualidade da fomação, mobilidade de estudantes e professores ou o problema das equivalências.
Todas estas dimensões seriam geríveis sem que a necessidade uma reforma com com os contornos do "processo" de Bolonha.
O autor identifica o potencial impacto deste processo na mobilidade social. Para além dos efeitos dos custos de propinas no 2º ciclo, este risco está claramente presente no caso dos estudantes-trabalhadores, situação aceite em muitas instituições de ensino superior. Aliás, estudar e trabalhar é a única forma para milhares de pessoas acederem a formação de ensino superior mas dificilmente compatível com o quadro definido pelo "processo" de Bolonha.

4 comentários:

inconfessável disse...

Completamente de acordo

Anónimo disse...

Dentro do mesmo tema Ensino Superior gostaria de chamar a atenção para este Link sobre a escola superior de educação João de Deus e deixar algumas Perguntas.
O que vai aconteçer aos ex-alunos de cursos não reconhecidos pelo Ministério da Educação?
Outra Pergunta o Estado pelo Ministério da Educação diz que X curso é Aprovado, mas depois vêm as Ordens Profissionais e dizem que X Curso não é reconhecido... afinal quem manda as Ordens ou o Ministério da Educação que aprovou os cursos.
Cumprimentos
Pedro.

Anónimo disse...

http://expresso.sapo.pt/sociedade/escola-superior-joao-de-deus-pode-fechar=f877534

Zé Morgado disse...

Olá Pedro,
Na verdade as Ordens acabam por se tornar "donas" das profissões que regulam e tornar reféns os respectivos profissionais. Sendo certo que podem ter um papel regulador e de defesa dessa área profissional, o seu poder tem aspectos, em alguns casos, excessivos.
Por outro lado, a creditação de um curso por parte de uma Ordem não obedece aos mesmos critérios que a creditação desse curso pela A3ES, são questões diferentes embora possam ser discutido, claro. Um abraço