quarta-feira, 24 de junho de 2015

A AVALIAÇÃO EXTERNA QUE DEVERIA SER MESMO EXTERNA

O exame de Matemática do 12º ontem realizado foi considerado um exame mais acessível do que o de 2014. Desta vez a Sociedade Portuguesa de Matemática e a Associação dos Professores de Matemática concordam em que tal acontece.
Em 15 deste mês escrevi aqui, "Na época de exames deste ano lectivo temos ainda um dado que não é despiciendo, as próximas eleições legislativas pelo que ...
Em tal cenário não é irrelevante que resultados escolares mais positivos venham mostrar que “alunos e professores corresponderam com o seu trabalho” o que contribui para ratificar a “bondade das políticas educativas”.
No dia seguinte foram divulgados os resultados dos exames de 4º e 6º e, claro, os resultados médios foram melhores do que em 2014. A subida não foi grande mas, de qualquer forma, registou-se uma melhoria.
O MEC em nota de divulgação afirmou, “No geral, ao longo dos anos de aplicação plena destas provas, os dados apontam para uma tendência positiva de adaptação do sistema, tanto às novas metas, como à introdução das provas”.
E pronto, está confirmado. Não questiono o investimento de professores, alunos e famílias mas ... é, por assim dizer, a crónica de uma subida anunciada.
Durante toda a época de exames já realizados tem sido consensual a ideia de que, genericamente, têm sido “acessíveis”.
Continua também demonstrado que a avaliação externa deveria ser da responsabilidade de uma entidade verdadeiramente externa ao MEC.
Enquanto assim não for, e não há indicações de que não o venha ser, os exames continuarão a ser uma arma política privilegiada.

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