terça-feira, 19 de agosto de 2014

A CULTURA DE PROTECÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS

"Pediatra pede a todos os cidadãos que estejam atentos a sinais de maus tratos"

De há muito e a propósito de várias questões, que afirmo que em Portugal, apesar os progressos realizados e de existirem vários dispositivos de apoio e protecção às crianças e jovens e de existir legislação no mesmo sentido, sempre assente no incontornável “supremo interesse da criança", ainda nos falta algo de muito importante, uma cultura sólida de protecção das crianças e jovens de que temos exemplos com regularidade. 
Ainda acontece que depois de alguns episódios mais graves se oiça uma expressão que me deixa particularmente incomodado, a criança estava “sinalizada” ou “referenciada” o que foi insuficiente para a adequada intervenção. Em Portugal sinalizamos e referenciamos com relativa facilidade, a grande dificuldade é minimizar ou resolver os problemas das crianças referenciadas ou sinalizadas.
Neste quadro continua a ser absolutamente necessário que as pessoas que lidam com crianças, designadamente na área da saúde e da educação, sejam capazes de “ler” os miúdos e os sinais que emitem de que algo se passa com eles.
Esta atitude de permanente, informada e intencional atenção aos comportamentos e discursos dos miúdos é, do meu ponto de vista, uma peça chave para minimizar a tragédia dos maus tratos e negligência envolvendo crianças.

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