quarta-feira, 3 de julho de 2013

A URGÊNCIA DE UM PLANO DE RESGATE

Uma das consequências que os politólogos e opinadores referem no âmbito da crise instalada no Governo, é o seu efeito negativo nos deuses mercados e no risco de se tornar necessário um novo plano de resgate.
Na verdade, os deuses mercados, entidades muito sensíveis como se sabe, já começaram a reagir pressionando a desvalorização na bolsa e a subida dos juros num comportamento típico de abutres, nada de novo.
Quanto a um novo plano de resgate e dado que o primeiro plano de resgate transformou a vida de muitos de nós num inferno do qual precisaria de ser resgatada, torna-se mesmo necessário um novo plano de resgate.
Milhão e meio de portugueses está sem emprego, mais de metade sem subsídio. Precisam urgentemente de ver resgatada a possibilidade da vivência, agora lutam pela sobrevivência.
Mais de um terço dos jovens precisa de ver resgatada a confiança num projecto de vida que teima em ser adiado e cada vez parece mais longe.
Muitos velhos, cada vez mais, a precisarem de ver resgatada a dignidade de um fim de vida decente e com patamares mínimos de qualidade.
Muita gente que precisa de ver resgatada a dignidade todos os dias atropelada pela mão estendida a uma ajuda que nem sempre chega.
Miúdos que precisam de ver resgatada a dignidade de, pelo menos, não lhes faltar o sustento, o aconchego e, naturalmente, a educação e o futuro.
O problema é que não é este o plano de resgate que se pode esperar. Mais provavelmente continuaremos no insensível e insensato trajecto que os mercados nos impõem e que os feitores administram.

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