domingo, 21 de julho de 2013

A HISTÓRIA DO IMAGINADOR

Era uma vez um rapaz chamado Imaginador. Desde que chegou à escola, ainda pequeno, que se notou a sua capacidade para contar histórias que ninguém tinha ouvido. As pessoas apressavam-se a aconselhá-lo a não inventar coisas, algumas até o achavam mentiroso. O Imaginador não se importava muito e continuava a inventar mais histórias que deixavam os seus coleguinhas de ouvidos abertos e os adultos mais preocupados.
Quando mudou de escola e como já sabia ler e escrever, coisas de que gostava muito, mais do que dos números, começou a escrever as suas histórias fantásticas. As pessoas bem lhe pediam para não inventar porque já não era um miúdo pequeno e não podia acreditar naquelas coisas estranhas que punha nas histórias, às quais, aliás, o Imaginador se referia como se fossem bem reais.
Mais crescido, o Imaginador, para além das histórias que continuava a produzir, começou também a pintar coisas que surpreendiam as pessoas que, como sempre, lhe sugeriam que fizesse trabalhos mais bonitos e mais parecidos com os que toda a gente fazia.
Tantas vezes e tanta gente pressionou o Imaginador que ele acabou, em adulto, por deixar de contar histórias e pintar coisas fantásticas.
Agora, faz como toda a gente, envia alucinadamente SMS e tira fotografias com o telemóvel.

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