quarta-feira, 29 de maio de 2013

QUEIXINHAS E CALÚNIAS

Devo confessar que estou admirado e preocupado. Ao que a imprensa refere, o Gabinete de Luta Anti-Fraude da União Europeia, após queixa da deputada Ana Gomes e considerando os indícios de fraude revelados na altura, final de 2012, pelo Público, desencadeou uma investigação às actividades e financiamento da empresa Tecnoforma e da organização não-governamental denominada Centro Português para a Cooperação, entidades que foram dirigidas por Passos Coelho.
Estou admirado pois nada do que conhecemos faz suspeitar de indícios de fraude que sustentem a investigação da UE às entidades citadas. Aliás, em Fevereiro deste ano, a imprensa noticiava que o DCIAP estaria a investigar corrupção, tráfico de influências, desvio de fundos e prevaricação no caso Tecnoforma. Como nada se soube entretanto e como a investigação e a justiça em Portugal se caracterizam pela rapidez, é de presumir que nada de ilícito se terá encontrado, obviamente.
Por outro lado, admira-me também a falta de solidariedade entre portugueses que leva a deputada Ana Gomes a fazer queixinhas ao Gabinete de Luta Anti-fraude, uma indelicadeza grosseira e falta de sentido de estado que só posso entender como decorrente da luta partidária que não deveria sobrepor-se aos interesses nacionais tão bem defendidos pela Tecnoforma e pelo Centro Português para a Cooperação que apenas estavam interessados em promover qualificação e cooperação, dois desígnios fundamentais de Portugal.
Vejamos, a Tecnoforma e prestou extraordinários serviços ao país na carente área da formação profissional tendo, por exemplo, numa decisão genial e demostradora de visão procurado proporcionar formação a centenas de funcionários municipais para funções em aeródromos que não existiam nem se previa que viessem a existir e se contou com a colaboração do Dr. Passos Coelho sublinha a sua capacidade de visão e e empreendedorismo que tão úteis agora nos têm sido.
O Dr. Passos Coelho também esteve envolvido na criação da citada ONG direccionada para a intervenção em projectos de cooperação em áreas em que operava, adivinhem, isso mesmo, a Tecnoforma. Neste projecto de generosidade e de cooperação desinteressada, Passos Coelho andou acompanhado de umas figuras, Ângelo Correia e Marques Mendes, por exemplo, que na altura das notícias afirmaram não estar bem recordados dessa ligação. Como diria um famoso artista político e CEO português, "há muita fraca memória".
Ao que parece e para além de umas mordomias a algumas pessoas, a Organização Não Governamental não singrou pelo que Passos Coelho, homem realista e com uma extraordinária capacidade de empreendedorismo e persistência, retomou a estrada que vinha a percorrer desde a JSD ao lado de ilustres "compagnons de route" como Miguel Relvas, também conhecido pelo “Dr.” integrar uma OG Organização Governamental em vez de uma discreta Organização Ñão Governamental. Entretanto e como é sabido o “Dr.” Relvas já abandonou a Organização Governamental e o Dr. Passos Coelho, disse o seu pai, estará “morto” por o poder fazer também.
Acho na verdade muito preocupante que agora por minudências de tricas partidárias duvidem da solidez e seriedade destes projectos.
Finalmente, preocupa-me que aproveitando a embalagem se desencadeie uma análise mais alargada à utilização em Portugal dos fundos da União Europeia durante décadas. Aí, implodimos de vez.

1 comentário:

não sei quem sou... disse...

Se a utilização dos fundos da União Europeia para Portugal fossem analisados com minúcia, não sobrava nenhum ex-governante e pelos vistos também actuais para podermos dizer: ESTE FOI HONESTO.

Restava-nos apenas poder dizer: ESTE FOI MENOS DESONESTO.


VIVA!