quarta-feira, 29 de maio de 2013

OS PRIVILEGIADOS PROFESSORES E UMA HISTÓRIA IMPROVÁVEL

Com enorme regularidade ouvem-se ou lêem-se discursos anónimos ou assinados, por vezes por gente de quem se esperaria mais rigor, conhecimento e bom senso,  que diabolizam os professores, uns preguiçosos cuja vida é um descanso permanente e o usufruto de mordomias sem fim e, evidentemente, imerecidas.
É verdade que todos conhecemos, em todas as profissões, pessoas que não dignificam pela qualidade do seu desempenho a função que exercem mas, como se costuma dizer, há que não confundir a árvore com a floresta. Tal acontece também com os professores e envolve, já o tenho referido, discursos produzidos por quem representa os professores e diz falar em seu nome ou gente que com funções de relevo na gestão do sistema educativo. Alguns destes discursos e comportamentos também são um contributo para a tal diabolização ou desvalorização social da classe docente a que me referia acima e que têm consequências devastadoras.
Agora a história, curta e obviamente improvável.
No âmbito da lida profissional estava a analisar textos produzidos por alunos adolescentes, frequentadores de escolas públicas sobre a escola, sobre a escola, o seu trabalho e os professores.
Num dos textos, o da Ana, por assim dizer, encontrei escrito, "também acho que é muito difícil ser professor, com aviões de papel incendiados a voar na sala e a levar com o apagador como já vi na minha escola".
Creio que a Ana tem razão, é muito difícil ser professor, mas esta ... esta é uma história improvável.

2 comentários:

Sonhadora incorrigível disse...

Ainda hoje ouvi esse tipo de discurso, um pouco mais subtil, da parte de uma filha de professora. Curiosamente, a mãe é um exemplo desses que não dignifica propriamente a profissão. Portanto, parto do pressuposto que ela esteja a generalizar o exemplo que tem casa. Enfim... apenas um desabafo de quem tem professores na família e sabe bem o que passam.

não sei quem sou... disse...

Eu sei que a árvore não faz a floresta...

Mas também sei que há Professores com muitos anos de docência que como medida pedagógica ferra uma dentada num aluno para mostrar-lhe que isso não se faz a um colega. E há muitos outros maus exemplos não com dentadas mas de uma outra forma.

Sei que há pessoas sem vocação para leccionar que apenas o fazem como forma de subsistir. As Entidades competentes terão que saber escolher melhor.

Se há profissões que se exige uma excelência de comportamento o Professorado é uma delas.

Ou seria melhor silênciar a comunicação social para casos destes ?!


VIVA!

Se há profissões