sábado, 18 de maio de 2013

O (DES)ENTENDIMENTO DO MEMORANDO DE ENTENDIMENTO

Sondagem revela que mais de 80% dos inquiridos defende que Portugal deveria "renegociar profundamente ou denunciar o memorando de entendimento com a troika e procurar alternativas". À questão sobre "o que Portugal devia fazer face às negociações/imposições da troika", 41,5% dos inquiridos defenderam a denúncia do memorando, 41% a renegociação do memorando e apenas 10,8% entenderam que o acordo deve ser cumprido.
Não vi a ficha técnica da sondagem, mas a ver pelos resultados creio que apenas terão participado cidadãos representativos daquela imensa maioria que são como Cristo na voz de Pessoa "não sabia nada de finanças".
Só mesmo por ignorância e algum pequeníssimo desconforto causado na vida das pessoas pelos pormenores que o programa de "ajustamento" constante do "memorando de entendimento" contêm, tantas pessoas se manifestaram pela renegociação ou denúncia do mesmo.
Se a sondagem se direccionasse, como devia, para a pequena minoria de iluminados que nos administra em nome dos superiores interesses dos mercados, perceberia que os modelos económicos, financeiros e políticos que sustentam o "memrando de enetendimento" são absolutamente geniais e infalíveis.
A maioria de nós é que não o consegue alcançar, falta-nos visão para entender como o "memorando de entendimento", ""programa de ajustamento", "ajuda", chamem-lhe o que quiserem, nos conduz ao paraíso.
Estranhamente, o caminho para a terra prometida é muito parecido com o inferno. 
Dá para renegociar ou denunciar o entendimento?
 

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