terça-feira, 27 de novembro de 2012

AS MANIFS, um negócio em alta

No dia em que se vota o Orçamento do nosso descontentamento decidi fazer um esforço no sentido de encontrar algo de positivo neste inferno em que transformámos e transformaram a nossa vida.
Nesta tentativa que se me não afigurava fácil dou de caras com a primeira página do Jornal de Notícias, "Manifs salvam empresas de aluguer de autocarros". Notável, deve ser isto que os teóricos do empreendedorismo chamam uma janela de oportunidade.
Ao que parece, as empresas que operam neste nicho de mercado têm sido e certamente continuarão a sê-lo muito solicitadas para o transporte de pessoas para as manifestações. Na verdade, com o negócio dos comícios partidários em perda, já nem o passeio e os bifinhos com cogumelos ou o bacalhau com natas à borla parecem atractivos, com o custo dos bilhetes do futebol e a excursãozinha de fim de semana a pesar nos orçamentos familiares revistos em baixa brutal só resta mesmo protestar, fazer manifs.
Com o Orçamento que hoje será aprovado, os motivos de protesto não faltarão no futuro próximo pelo que o negócio das manifs tem, para já, excelentes perspectivas. À atenção dos nossos grandes empresários.
Um dia destes ainda vamos ver aparecer os passes sociais para o transporte para as várias manifs  ou Alexandre Soares dos Santos e Belmiro de Azevedo oferecerem nas suas cadeias de distribuição, Pingo Doce e Continente,  grandes promoções incluindo vouchers de viagem transporte para manifs.
O mercado parece funcionar como o postulado de Lavoisier, nada se perde, nada se cria, tudo se transforma.

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