sexta-feira, 9 de março de 2012

AFINAL ...

Não se admitirão "jobs for the boys".
Afinal, aconteceram as nomeações para a aumentada administração da CGD, em anunciado emagrecimento, e em que está claramente em causa um conflito de interesses em alguns dos novos administradores.
Actuação do estado será transparente. Afinal, o negócio com o BIC sobre o BPN não foi propriamente um modelo de transparência.
“A ser necessário um aumento de impostos incidirá sobre o consumo e não sobre o trabalho”, disse o Primeiro-ministro. Afinal, cerca de metade do subsídio de Natal foi, por assim dizer, cativado pelo Estado e este ano são dois os vencimentos cativados a trabalhadores da administração e pensionistas. E o mais que adiante se verá.
Os gabinetes ministeriais terão de ser exemplos de contenção e austeridade, disse-se. Afinal, aconteceram centenas de nomeações. Em alguns casos, a informação disponibilizada, designadamente no que se refere a vencimentos, mostra situações curiosíssimas com disparidades, no mínimo estranhas.
Acontece ainda que muitas das nomeações são de "especialistas", um processo que mais não passa de uma habilidade para fugir à impossibilidade de contratação por parte dos gabinetes e tem sido condenado pelo Tribunal de Contas. O número de nomeações é da mesma natureza dos governos de Sócrates, Santana Lopes e Durão Barroso.
Afinal, os administradores hospitalares ligados ao PS são substituídos por administradores hospitalares ligados ao PSD e CDS-PP.
Afinal para a Águas de Portugal são nomeados dois autarcas, um do PSD e outro do CDS-PP. Estranhamente o rapaz do PSD, Manuel Frexes, da Câmara do Fundão está em litígio com a AdP por causa de uma enorme dívida.
Afinal, hoje noticia-se que a Sra. Directora da Unidade de Saúde Local da Guarda nomeou para auditor interno desse serviço … o marido, num estranho e eticamente despudorado entendimento do que será apoio à família.
Afinal …
Afinal, lembro-me que nem sequer as moscas, algumas moscas, são muito diferentes.

2 comentários:

Xico Bravo disse...

No que se refere ao caso da Guarda - a nomeação do príncipe consorte para auditar internamente a coisa - há acrescentar que o senhor nem sequer trabalhava na instituição, foi mandado vir de Castelo Branco (para mais perto de casa) num processo que parece não primar pela transparência.
Pergunta-se: será que é por esta e outras que as relações entre a presidente do CA e o número 2 do CA estão de rastos?
Tudo isto em cerca de 2 meses de mandato. É obra.

Zé Morgado disse...

O mandato não vai manso, por assim dizer