terça-feira, 17 de janeiro de 2012

JUST IN TIME

É cíclico, sempre que o ambiente aquece um bocado para além do suportável por um país habituado a distribuição de benefícios de diferentes naturezas aos boys de serviço, surgem, certamente por coincidência, umas notícias equilibrantes, ou seja, deslocam a atenção para situações que envolvem os boys que estiveram de serviço. Sempre assim foi, sempre assim há-de ser.
Vem esta introdução a propósito da notícia do Público referindo a decisão do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa de levar a julgamento a ex-ministra da educação, a sua chefe de gabinete, o então secretário-geral do ME e o advogado João Pedroso a quem foi adjudicada por ajuste directo uma tarefa generosamente paga e que nunca chegou a ser integralmente cumprida como na época foi referido. Os factos passaram-se entre 2005 e 2007.
Como é evidente, daqui nada advirá e tudo isto acabará tranquilamente por prescrição, arquivamento ou outra inócua solução. São assim as regras do jogo e justiça que nos servem e de que se servem.
Com o ambiente que está, a temperatura política a subir acompanhando o despudorado festival de nomeações e amiguismo político dos últimos meses, acompanhado das mais deprimentes e patéticas declarações e justificações de vários responsáveis e envnvolvidos, nada melhor que um fait-divers para entreter e devo dizer, é bem escolhido. A figura de Maria de Lourdes Rodrigues, citando Eduardo Catroga, tem valor neste mercado, tal como o advogado que fazia pela vidinha, João Pedroso.
Teremos para uns dias e, como diz o povo, enquanto o pau vai, folgam as costas.E nós assistimos.

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