sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

UMA MICRO HISTÓRIA DA ESCOLA UM BOCADINHO FORA DO ESPÍRITO NATALÍCIO

Era uma vez uma Menina ainda gaiata, uns 11 anos, que por várias razões, entre outras, uma auto-estima muito baixa que a fazia não gostar de si e uma família negligente e desorganizada, aparecia na escola quase sempre com um ar descuidado, pouco asseado, sendo que, por vezes, estando perto dela se sentia de uma forma muito forte a sua presença, por assim dizer.
Tal situação da Menina era uma excelente ajuda para a Professora.
Quando algum dos colegas se portava menos bem, o castigo era sentar-se ao pé da Menina, ameaça sempre renovada em cada início de aula.
É sempre importante aproveitar as características individuais dos alunos.

5 comentários:

dolphin_star disse...

Professor, fui sua aluna em Introdução às Ciências da Educação e apesar de estar mais inclinada para a clinica quando puder retomar o curso (standby obrigatório por motivos de força maior) as suas aulas foram sempre as que mais prazer me deram... Por isso quero lhe dar os parabéns por este blog, dizer que concordo consigo no que respeita tanto a postura em relação ao acordo ortográfico bem como a indignação deste comportamento por parte da professora, pois mina o desenvolvimento de uma criança destruindo-lhe (mais) a auto-estima, promove a diferença e a segregação na sala de aula e mostra uma atitude retrógoda ao "usar o medo do papão"(na forma da menina segregada) que deita por terra anos de avanços em pedagogia e educação. Não seria mais produtivo uma actitude proactiva de integração e melhoria de vida da criança, o contacto com os pais de forma a encontrar estratégias que levem a que a menina se integre melhor na turma, tenha melhor qualidade de vida e higiene e seja estimulada e valorizada de forma a quebrar com os padrões de vida que lhe deram a família? Enfim...

De qualquer modo, temo igualmente que com a desculpa da crise, muitas conquistas na educação especial e não só se venham a perder ao ponto de voltarmos à "idade média" da pedagogia educativa, com a desculpa que não há dinheiro para material, professores e pessoal especializado. Aliás, julgo já ter visto casos que se enquadram neste meu temor, e só me assusta a quantidade de valores e capital humano que irão perder as futuras gerações...

Anónimo disse...

Este é um exemplo flagrante de casos de pessoas que se viraram para o ensino por ser a única via profissional encontrada. Durante anos (não sei se continuará a ser)foi assim. Um professor que toma estas atitudes deveria ser impedido de dar aulas. Com muito mais razão do quu no caso mediático de uma professora que posou nua para certa revista (o que não acho ético, mas certamente prejudicou muito menos os alunos do que esta a presente situação). Mas cmo o mundo anda às avessas, é provável que este "método pedagógico" choque pouca gesnte...

Zé Morgado disse...

Foi apenas um retrato de um mundo,o da educação, que, felizmente, tem também muitíssimas cenas bem mais bonitas.

Zé Morgado disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Também há cenas bonitas, sim. Posso apontar o caso de uma professora que, tendo feito o estãgio em Lisboa e regressado aos Açores, teve o privilégio de os alunos lhe pedirem para dar aulas ao ar livre num dia de greve e de ver os alunos chorarem aquando da sua partida. Não se pede que isto aconteça com todos os professores; o que se espera é que não se admitam casos de deseducação - porque é disso que se trata - como o apresentado.