sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O PONTO FINAL

Era uma vez um Homem que vivia cansado das conversas e discussões intermináveis e estéreis dos políticos e opinantes profissionais que, em todos os telejornais e noutros programas, lhe entravam pela casa dentro. Sempre desabafava desalentado. “Gostava de ser capaz de fazer com que esta gente se calasse ou falasse doutra coisa”. E isto repetia-se todos os dias, as conversas inúteis e o desabafo.
Um dia, o Filho do Homem depois de mais uma queixa disse “Já sei como resolves isso”. “Como?”, pergunta o Homem esperançado. “Com isto” e entrega-lhe um papel pequeno. O Homem olha e só vê um ponto no meio do papel. O Filho acrescenta. “É só um ponto, mas é dos bons. É um ponto final, parágrafo. A minha professora diz que serve para parar uma frase e mudar de assunto”.
A partir daquele dia, sempre que as tais conversas começavam, o Homem e o Filho punham-lhe o ponto final, parágrafo e conversavam os dois.
Com a televisão apagada.

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