sábado, 9 de abril de 2011

UM HOMEM MAU, MESMO MAU

Era uma vez naquela terra onde acontecem coisas apareceu um homem que com o tempo se transformou num Homem Mau, mesmo mau e que todos temiam.
Roubava sempre que podia e a quem podia. Sempre que tinha oportunidade assaltava as pessoas e roubava-as. Mesmo aos miúdos que ainda não tinham grandes bens ou a alguns velhos que também já não os tinham, alguns nunca os tiveram, o Homem Mau, mesmo mau, não perdia oportunidade de os espoliar. Quem resistia melhor aos roubos do Homem Mau, mesmo mau, é sempre assim, eram aquelas pessoas que tinham mais bens e formas de se proteger, ainda assim o Homem Mau, mesmo mau, tentava as suas malfeitorias.
Curiosamente, de início quando começou a ser conhecido as pessoas, de uma forma geral, não vislumbravam como este homem viria ser tão ameaçador para as suas vidas, até o achavam interessante e interessado.
Só mesmo quando perceberam que o Homem Mau, lhes roubava os sonhos tomaram consciência de como era perigoso e mesmo mau.
Roubava sonhos ricos e sonhos pobres, quase sempre roubava os mais bonitos e a quem não tinha muitos. Como sabem, é mais fácil roubar os sonhos a quem não tem muitos.
Era, na verdade, um Homem Mau, mesmo mau. Só alguém assim rouba sonhos, um bem de primeira necessidade.

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