quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

TENHO UMA BIRRA NOVA - Outro diálogo improvável

Manel, daqui a pouco temos de jantar, vamos fazer o trabalho de casa.
Pai, tenho uma birra nova.
Uma birra nova? Deixa-te de invenções, tira as coisa da mochila, para vermos o que tens de fazer e eu te ajudar.
Já te disse que tenho uma birra nova e não tenho trabalhos da escola.
Não me interessa a tua birra nova, mostra lá para ter a certeza de que não tens trabalhos para fazer ou alguma coisa que não tenha ficado acabada na escola.
Não mostro a mochila, não tenho trabalhos.
Manel não me faças zangar, quer ver a tua mochila.
Não mostro, não tenho trabalhos, tenho é uma birra nova.
Já estou a perder a paciência contigo, é sempre a mesma coisa, não me obrigues a ficar mesmo zangado, ainda te dou um castigo.
Não tenho medo de castigos, nunca acontece nada, não mostro a mochila e tenho uma birra nova.
Manel, quero a mochila aberta imediatamente.
Aqui o Manel pega na mochila, atira-se para debaixo da mesa, abre-a e começa a atirar pelo chão todo o material que continha.
Entretanto o pai dirigiu-se à cozinha onde a mãe aprontava o jantar e comentou, "os miúdos são mesmo engraçados, avisou-me que tinha uma birra nova, e tinha mesmo".
O Manel continuou mais algum tempo debaixo da mesa gozando os efeitos da sua birra nova.

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