quarta-feira, 10 de março de 2010

AS ALTAS PRESSÕES E AS DEPRESSÕES

Não há volta a dar. Apesar de alguma polémica em torno das alterações climáticas, das suas causas e dos seus efeitos, a situação no nosso país não está fácil.
Vivemos completamente entalados entre as altas pressões e as depressões.
Vamos a meio de um infindável, pouco edificante e, certamente, inconclusivo processo que nos ajude a perceber quem pressionou quem, que altas pressões se desencadearam sobre quem e com que objectivos.
Vivemos sob a alta pressão de umas misteriosas estruturas chamadas agências de rating, para além das altas pressões que vêm de Bruxelas no sentido da decisão sobre políticas económicas antipáticas que, por sua vez, criam altas pressões sobre os cidadãos e sobre as famílias.
Por outro lado, de há meses para cá temos sofrido sucessivas depressões que têm trazido chuva sem fim.
Temos uma economia deprimida, que afecta mais gravemente as regiões deprimidas, é muita depressão, demasiada. Temos a depressão do desemprego e os seus devastadores efeitos. Temos um clima político que os seus actores se esforçam por tornar bastante depressivo. Todos os inquéritos revelam o pessimismo e a descrença de muitos de nós numa melhoria próxima das condições de vida o que induz, naturalmente, um estado geral perto da depressão.
De facto, como disse de início, viver como que entalado entre as altas pressões e as depressões não é nada fácil.

Sem comentários: