sábado, 6 de março de 2010

AS ÁGUAS DA TERRA

Não me apetece falar da agenda, a agenda está muito feia. É certo que não se pode fugir à agenda porque ela marca o nosso quotidiano. Mas deixem-me falar do meu Alentejo.
Como já não acontecia há muitos anos, a terra engravidou e lá mais para o final do Inverno e durante a Primavera começará a parir, a parir fartura. E faz falta a fartura que sai da terra.
A Terra do meu Alentejo já começa a preparar-se para o parto da fartura, aparecem os primeiros sinais. De tão grávida, nota-se que as águas rebentaram, corre água, muita água, nas terras do meu Alentejo. Não há barranco que não corra, charca que não esteja cheia ou barragem descomposta.
Na terra há já muitas flores, que o rebentar das águas trouxe para a vida, à espera do Sol que lhes dará a cor e outro sustento.
Está tão bonito o meu Alentejo, muito mais bonito que a agenda.

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