quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

PEDRO BURMESTER. NO PORTO COM RIO, NÃO

Muitas vezes refiro e creio que sentimos todos a alteração de valores a que assistimos. São constantes os atropelos à ética e à lei, instala-se um perigoso sentimento de que tudo é possível graças à impunidade que também percebemos. Os discursos são de intolerância e de desrespeito e tudo é possível a troco de uns favores ou benesses de qualquer tipo.
Premeia-se o seguidismo, hostiliza-se a diferença só porque é diferente, etc. Manipulam-se informação e ideias e esbate-se o entendimento de cada pessoa como ser pensante e autónoma.
Neste quadro julgo de sublinhar a posição de Pedro Burmester de não tocar no seu Porto em protesto contra o que entende ser uma desastrada ou inexistente política cultural de Rui Rio. Não conheço suficientemente a realidade do Porto para eu próprio ter uma opinião sobre a política municipal em matéria de cultura. Nem sequer tenho a certeza se decisões desta natureza são contributivas para uma qualquer mudança. O que julgo de sublinhar é a tomada de posição individual de afastamento e recusa do que se entende ser negativo, mesmo com custos individuais. Trata-se de aquilo a que habitualmente o meu pai chamava de espinha. Não se troca nem se vende.

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