sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O TEMPO PARADO

As voltas da vida trouxeram-me estes dias para o Minho. Uma quentura que, como diria o Rui Veloso, me traz à lembrança o Alentejo, o encanto dos amigos, dos petiscos e de algum verde de que lá para baixo já temos saudade, aconchegam o estar.
No entanto, algo me deixou intrigado e curioso. Não sendo de todo um especialista, acho interessante a arquitectura religiosa e por isso o meu olhar sempre se fixa nas igrejas, muitas, que se vão vendo por aqui. Reparei que em algumas, que tinham relógio à vista, este se encontrava parado, não fixei em que horas, mas tenho ideia de que, obviamente, seria em horas diferentes. Como poderemos interpretar uma igreja com o tempo parado?
Estará o tempo a andar demasiado depressa para o tempo da igreja? Alguém se esqueceu de dar corda para que o tempo da igreja acompanhe o tempo? Estará o tempo da igreja à espera que o tempo volte para trás e voltem a estar certos, simultâneos? E os tempos diferentes das igrejas, porquê? Será que o tempo da igreja, de algumas igrejas, já não conta?
Como por aqui vou estar mais algum tempo, tentarei saber o porquê do tempo parado, das igrejas.

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