terça-feira, 18 de agosto de 2009

SÓ PRECISA DE UM, MAS TEM QUE LEVAR DOZE

Apesar de estar em vigor desde Junho legislação que o permite, o INFARMED informou que nenhuma farmácia hospitalar ou de oficina requereu autorização para venda de medicamentos em unidose. Tal facto é, do meu ponto de vista, incompreensível e acredito dever-se ao lobby da Apifarma e da Associação Nacional de Farmácias. É também curioso que a doce Ministra não ache a situação preocupante.
Não entendo porque não são desencadeadas medidas que visem aumentar o recurso à unidose. A manutenção desta situação, servindo naturalmente os interesses de fabricantes e distribuidores de medicamentos, é altamente penalizante para o consumidor que compra o que não precisa e para o estado que gasta milhões em comparticipações para produtos que não vão ser utilizados.
Há uns meses atrás, a realização de um exame de rotina obrigou-me à toma de um, apenas um, comprimido. Dirigi-me à farmácia e, fui obrigado a isso, comprei uma embalagem de 12 com o óbvio desperdício do restante.
Apesar da pressão e das “desvantagens” e “riscos” referidos pela indústria, importa que se assuma a coragem de medidas políticas acertadas defensoras da economia, da eficácia e do combate ao desperdício. Cada vez mais precisamos que a voz dos cidadãos possa causar causar sobressaltos, não é só na vida política.

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