sexta-feira, 29 de maio de 2009

PACATOS E MUITO SIMPÁTICOS

Ao que parece uma criança de sete anos terá sido, suspeita-se, estrangulada pelo pai, descrito pelos vizinhos como uma pessoa pacata e muito simpática, As razões de tal tragédia permanecem ainda desconhecidas. Os últimos dias, mesmo à beira da retórica do Dia da Criança, têm sido devastadores.
Não sei, não sei se saberemos alguma vez, o que verdadeiramente se terá passado na cabeça daquele pai para tal desesperança. Por outro lado, sabemos de há muito que, na grande maioria dos casos, as crianças são maltratadas e abusadas por pessoas das suas relações e familiares. Provavelmente muitas dessas pessoas terão, segundo os vizinhos, um ar pacato e muito simpático.
Importa por isso, como sempre afirmo, promover uma verdadeira cultura de protecção da criança, estar atento aos pequenos sinais que os miúdos deixam perceber quando a sua vida não anda bem.
Tenho para mim, que sendo mais atentos poderemos prevenir um número de significativo de situações que, depois de acontecer, alimentam a retórica da preocupação e ocupam a imprensa. Falando da comunicação social e estando muitas vezes, demasiadas vezes, contra a forma como as situações que envolvem crianças e jovens são tratadas, é bom não esquecer que se fala das coisas porque elas acontecem; as coisas não acontecem por se falar delas, embora existam excepções a este princípio.

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