segunda-feira, 4 de maio de 2009

A SOLO OU ACOMPANHADOS, QUE TAL PENSAR NAS PESSOAS?

Insisto na ideia. Num país com a nossa dimensão, com um custo de vida elevado, com políticas sociais pouco eficazes, veja-se o trabalho de hoje do Público sobre o Rendimento Social de Inserção, a perspectiva de quase meio milhão de desempregados é impressionante. Os custos sociais desta situação são potencialmente explosivos.
Este quadro, apesar de algum infundado optimismo do Governo, deveria ser suficientemente preocupante para que a vida política fosse determinada pela busca de entendimento sobre as políticas, os recursos e os procedimentos que tal situação exige. Estranhamente, a vida política, dominada, pelos “interesses partidários de ocasião”, enreda-se em discussões laterais e recados, estéreis e centrada no pequenino objectivo do eventual dividendo na contabilidade eleitoral.
Este discurso não tem a ver com a ideia de um Bloco Central, que não desejo, nem com a imprescindibilidade de uma maioria absoluta, seja de que partido for, em que não acredito. Tem exclusivamente a ver com o interesse dos portugueses e do país, o que já não é coisa pouca.
A actual insistência em cenários políticos é um excelente indicador do estado da arte dos diferentes projectos políticos. Não sabemos as soluções ou ideias propostas, apenas sabemos quem não se quer juntar com quem, só não sabemos bem para quê, a solo ou acompanhados.

1 comentário:

joshua disse...

Caríssimo companheiro, estou inteiramente de acordo. A realidade ainda não penetra a Política e esse balão explosivo avoluma-se. Parece que vivem esses 'representantes' uma alienação inalienável, vício de espécie e de raça.

Um grande abraço

joshua