sexta-feira, 17 de abril de 2009

O EMBARAÇO E A ÉTICA

O presidente da Câmara de Cascais, António Capucho, defende que o Dr. Dias Loureiro deveria demitir-se do Conselho de Estado devido ao caso BPN, independentemente de ser, ou não, culpado. Muita gente tem defendido a mesma opinião, portanto, nada de novo apesar de ser proferida por um militante destacado do mesmo partido, o PSD. O que acho inédito e interessante, é argumentação. Acha António Capucho que a manutenção de Dias Loureiro no Conselho de Estado é um embaraço para as instituições políticas em geral. Verdadeiramente notável e promissor.
Estão a imaginar a situação que aconteceria se os elementos das várias instituições políticas que estão envolvidos em processos menos claros se apressassem a sair das respectivas instituições para lhes poupar embaraços?
Para além de a boa parte da nossa classe política faltar solidez ética que motivasse tal decisão, como é que as instituições políticas sobreviveriam a tamanha deserção de quadros?
Provavelmente, tal como a igreja está a fazer, trazer padres da Índia para suprir a falta de sacerdotes, teríamos de importar políticos, o problema é de onde, os bons não quererão vir e os maus, já basta assim.

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