segunda-feira, 27 de abril de 2009

E SE OS PERITOS NÃO CONCORDAREM?

Qualquer medida política em qualquer área deve, espera-se, ser objecto de estudo e preparação no sentido de que a medida a desenvolver seja adequada e eficaz. Neste processo de estudo e preparação, o decisor político pode ouvir ou consultar quem por bem entender, designadamente, peritos na matéria a decidir. Assim enunciado parece-me normal e desejável. Menos normal, será decidir e, posteriormente, ouvir os peritos. A bondade da extensão da escolaridade obrigatória não parece genericamente discutível e acredito que, desde que, como já aqui referi, não se hipoteque a qualidade, a medida obterá o consenso dos peritos. Nestes termos, a audição posterior de especialistas, parece-me uma manobra de demagogia e falsa atenção ao que pensa a comunidade científica. Como se espera o apoio dos especialistas, dá-se a oportunidade para que eles digam alguma coisa, mas, à cautela, decide-se primeiro. É que eles podem não concordar.

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