sábado, 14 de fevereiro de 2009

SOMOS TODOS REBELDES

Ontem no complexo onde pratico desporto estávamos por ali de conversa enquanto não começava a actividade, quando apareceu o Miguel, um adolescente de 14 anos. Um dos treinadores dirigiu-se ao Miguel e, metendo-se com o seu cabelo meio comprido e desarrumado, diz qualquer coisa do tipo, “tens um cabelo à rebelde”. O Miguel com um jeito tranquilo respondeu, “já não há cabelo à rebelde, agora somos todos rebeldes”. Aquele diálogo ficou por ali mesmo mas fiquei a pensar no que o Miguel tinha dito, melhor, no que ele quereria dizer.
Será que ele entende mesmo que todos são rebeldes? Ou considera que os rebeldes já não têm marcas distintivas, como o cabelo, por exemplo? Ou achará que a rebeldia será algo, um atributo, que faz parte da condição de adolescente e, portanto, sem relação com qualquer particularidade? Ou, mais simplesmente, será uma afirmação “provocatória”, típica de adolescente? Ou tem a ver com nada disto? Ou trata-se de eu estar, simplesmente, à procura de motivo de escrita?
Ainda assim e como curiosidade última, gostava de saber o que entenderá o Miguel por rebelde. E nós? Também achamos que eles são todos rebeldes?

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