domingo, 14 de dezembro de 2008

PARTE O ALEGRE, CHEGA O PORTAS

O discurso de Manuel Alegre deve ter feito soar as campainhas do núcleo duro do PS, perdão, do Governo, o “think-thank” socialista terá de analisar e prever as potenciais consequências da ideia deixada em aberto por Manuel Alegre de “ir a votos”. Em primeira análise poderá fazer perigar a hipótese, não segura, de uma nova maioria absoluta e o reforço de uma maioria social à esquerda que dificulte as políticas mais liberais que têm sido desenvolvidas por Sócrates. No entanto, creio que não deve esquecer-se que o posicionamento actual do CDS-PP parece ir no sentido viabilizar um governo sem maioria absoluta. Por aí Sócrates poderá descansar um pouco, sobretudo se o CDS-PP conseguir entrar no eleitorado do PSD o que, no estado que o partido atravessa, não parece tarefa muito complicada.
No entanto, a disponibilidade para os votos resultante do discurso de Alegre e do Encontro das Esquerdas, continua a não contemplar algo que me parece verdadeiramente necessário, uma mudança que permita combater a partidocracia instalada. Não o fazendo, trata-se apenas de mais um que obrigará a refazer as contas e a restabelecer equilíbrios, para que tudo fique na mesma como diria Lampedusa.

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