quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

OS VOTOS DA CLASSE POLÍTICA (PARTE SEGUNDA E ÚLTIMA)

Conforme tinha prometido deixo-vos os desejos para 2009 de mais algumas personalidades políticas que tiveram a amabilidade de nos confiar esses tão íntimos pensamentos.
A Sra. Ministra da Educação. “Vou confessar um sonho. Gostava de uma educação em que só existissem as crianças (sem aqueles horrorosos que atiram ovos), os Drs. Valter Lemos, Jorge Pedreira e Margarida Moreira, da Direcção Regional de Educação do Norte. Como os pais são muito importantes, também gostava que continuasse o Dr. Albino Almeida. Gostava ainda de receber mais cartas tocantes dos meninos que recebem os Magalhães e prometem inscrever-se no PS. No meu sonho, as crianças aprendiam sozinhas, não precisavam de professores e eu já não teria de ver a cara daquele Mário Nogueira. Mas é mesmo um sonho”.
O Dr. Luís Filipe Menezes. Quando o interpelámos, o Dr. Menezes com aquele seu jeito de Calimero e uma lágrima ao canto do olho confessou. “Desejava um congresso extraordinário do PSD para eu tentar, de novo, ser presidente do partido. Agora já saberia como resistir ao barbudo da Cavalgadura do Círculo, levava o Marco António”.
O Dr. Alberto João. “Olhe, eu queria para 2009 era ver-me livre desses f … da p … desses socialistas chefiados pelo Sr. Pinto de Sousa e dos colonialistas de Lisboa. E se calhar ainda tenho que ir a Lisboa meter na ordem os meninos copos de leite e os barões que estão a tomar conta do PSD”.
O génio, Dr. Pacheco Pereira. “Se bem se recordam, fui o primeiro a antecipar que depois de 2008 viria 2009 e por isso sinto-me à vontade para dizer o que vai acontecer. A Dra. Ferreira Leite ganha as eleições. Apesar desse mito inventado pela comunicação social de que Dra. Ferreira Leite não tem ideias, não é verdade, tem, são minhas, portanto, boas e suficientes para ganhar ao Primeiro-ministro. Não devia dizer, mas, como sabem, digo sempre tudo, desejava que o Dr. Santana Lopes não ganhasse a Câmara de Lisboa”.
Encontrámos juntos os Ministros Mário Lino e Manuel Pinho que nos confidenciaram o mesmo desejo, “Que o nosso querido líder, o Sr. Primeiro-ministro, nos deixe acabar a legislatura, gostamos tanto de ser ministros, até temos andado muito calados”.
O Professor, o Marcelo. “Antes dos livros, para 2009 gostava de manter a genialidade e infalibilidade das minhas análises, comentários e cenários políticos. Aquela de primeiro achar mal a candidatura de Santana Lopes a Lisboa e depois já achá-lo o melhor candidato? Mais uma prova da minha agilidade intelectual e capacidade de análise”.
Depois de aqui chegar, por aqui vou ficar, é demais.

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