quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

O QUE ME CONSOLA, É A MINHA CONSOLA

Há algum tempo atrás referi-me a um jogo para computador, o Call of Duty – World at War, cuja publicidade passa na televisão, que me impressionou pela violência e pelo facto da publicidade aparecer tranquilamente no chamado horário nobre. A minha ignorância nesta matéria leva-me a ficar ainda mais surpreendido com um jogo que vi há uns dias ser apresentado numa peça de um Telejornal. O jogo, GTA IV – Grand Theft Auto, pareceu-me assentar na gestão dos comportamentos de natureza criminosa de um personagem e que incluíam roubo de automóveis, espancamentos, homicídios, atropelamentos, etc., tudo comportamentos do mais fino recorte ético, moral e formativo.
É certo que o jogo é apresentado como destinado a adultos, o que não o torna mais interessante, mas como um dos intervenientes na peça informou, em qualquer local venderão o jogo sem grandes preocupações sobre a idade do destinatário.
Sabendo, como já aqui referi, a quantidade de tempo que muitos miúdos passam sós em frente a um ecrã, é fácil perceber os efeitos potenciais de tal experiência, sobretudo, nos mais novos. Como sempre digo, este discurso não pretende diabolizar os jogos de vídeo ou para computador, tem apenas a ver com a qualidade das experiências que, por negligência, omissão ou desconhecimento, proporcionamos aos gaiatos.

1 comentário:

Anónimo disse...

Pessoalmente estou um pouco dessensibilizado para tudo isto do Grand Theft Auto... É que isto de ser roubado, ao que parece, é uma velha tradição Portuguesa: Vamos ao supermercado, somos roubados; vamos encher o deposito, somos roubados; pagamos os impostos, somos roubados há força enquanto eles se riem e mandam vir o próximo. Com tanta ladroagem legal, acho corajosos aqueles que se dedicam à roubalheira ilegal. Assumo que sejam pessoas honestas demais para serem políticos.

Quanto à "formação" dada pelos videojogos, também estou um pouco dessensibilizado desde que à uns meses vi num programa para crianças, por volta das 9 - 10 da manhã de um domingo, uma jovem apresentadora a dançar os "hits" musicais do momento com o tipo de "traje" (ou falta dele) que há 5 anos só se esperava ver a partir da meia noite.

Acho bem. Acho que são bons "role models" para os futuros adultos de amanhã.