sábado, 8 de novembro de 2008

QUARTO DE HOTEL

Hoje, contrariamente ao que é hábito, não estou no meu Alentejo. A vida profissional trouxe-me até Barcelos. Pelo hábito e pelo gosto não podia deixar de vir aqui ao canto da atenta inquietude.
Estou num quarto de hotel normalíssimo e os quartos de hotel sempre me despertam uma sensação estranha. Por um lado, ficamos com o vago sentimento de que já ali estivemos, são todos parecidos na sua essência. Por outro lado, são todos estranhos, neles não cabe o nosso mundo. Esta sensação deixa a paradoxal ideia de que estamos fora do mundo sem verdadeiramente dele sairmos.
Em tempos tão feios e tão complicados como os que atravessamos, viver num quarto de hotel talvez fosse uma ajuda.

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