quinta-feira, 16 de outubro de 2008

APESAR DE TUDO, BOM PROVEITO

Hoje, durante a tarde, precisei de aguardar por alguém. A opção foi fazê-lo num café pequeno e simpático, onde a espera aconteceu na companhia do chá, torrada, jornal, livro e caderno de notas. Às tantas, entram duas miudinhas que não teriam mais de seis, sete anos. Entraram com a indiscrição e agitação que caracterizam os miúdos. Estranhei o estarem sós, mas, pela reacção da senhora do café, percebi que eram “clientes habituais”. Dirigiram-se-lhe e disseram que a mãe tinha dito que lhes podia dar o lanche. Perguntadas sobre o que desejavam, decidiram-se por uns sumos com nomes da moda e uns bolos com tanto creme que dificultava a sua manipulação. Interrogar-se-ão, caros amigos, sobre a justificação para uma referência a tamanha banalidade.
É por isso mesmo, a banalidade. A banalidade com que os miúdos constroem tais hábitos alimentares. Não tenho nenhuma queda para fundamentalismos dietéticos, devo até dizer, que adoro um belo petisco, mas penso que somos negligentes quando gente desta idade recorre diariamente, como me pareceu ser o caso, a este tipo de alimentos.
Eu percebo as miúdas. Provavelmente, aquela “coisas” que comeram, souberam-lhes tão bem como umas iscas com elas, fritas na banha, me saberiam a mim. Por isso, e apesar de tudo, bom proveito.

1 comentário:

Anónimo disse...

Embora não tenha nada a ver com o seu post gostava de aqui deixar esta informação:

http://paulocarvalhotecnologias.wordpress.com/2008/09/29/deformacao-%C2%ABmagalhaes%C2%BB/

que dizer disto? muito ao estilo URSS, não? Pessoalmente acredito que, se Sócrates soubesse o sucesso que ia ser o Magalhães, tinha-lhe chamado Sócrates. E ai sim: era a apologia completa!

Abraço
Ricardo Duarte