domingo, 13 de janeiro de 2008

AFINAL ESTOU EM CASA

O frio, vento e chuva transformaram este Domingo num dia cabaneiro, como se diz no meu Alentejo. Bom para estar em casa, perto do lume e, sinais dos tempos, com o portátil à mão. Comecei a alinhavar umas notas mas a quentura e a preguiça adormeceram-me um pouco. Lembro-me que queria referir-me a uma situação curiosa, em que um antigo Ministro negociou como uma empresa a que agora preside, um contrato que garante a essa empresa a exclusividade de exploração de todas as pontes que venham a ser feitas servindo a capital do país. Lembro-me de pensar referir o facto interessante de os elementos de uma estrutura de fiscalização de Segurança Alimentar e Económica receberem treino militar. Lembro-me de querer comentar o facto de os chefes militares do país que integram um órgão constitucional, Conselho Superior de Defesa Nacional, discordarem da entrega da declaração de património e rendimento. Também tinha pensado registar a existência de centenas de indivíduos presos que são obrigados a utilizar o balde higiénico. Ainda me lembro vagamente de querer escrever sobre a situação de um rapaz que mendiga desde os 4 anos, tem 15, e o Ministério responsável por estas situações entender que a responsabilidade é de uma estrutura, Santa Casa da Misericórdia, que, por sua vez, entende não ter competência para intervir. De repente, acordei desta espécie de sonho em que, procurando o Verão, viajava por um qualquer país da América do Sul de que não me lembro o nome. Estava onde sempre estive, no Portugal dos Pequeninos. E agora sem assunto para escrever.

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