segunda-feira, 5 de novembro de 2007

NÃO FAZ SENTIDO

Numa apressada revista da agenda, registei algumas notas do nosso quotidiano que, às tantas, me interrogaram sobre o seu sentido. Não encontrei resposta, ou seja, não fazem sentido. Ajudem-me a encontrá-lo.
A proposta de Orçamento Geral do Estado para 2008 prevê uma verba de 61.6 milhões de euros para viagens e alojamentos o que representa 18.8% de aumento relativamente a 2007. Considerando que, contrariamente ao afirmado há algum tempo, a retoma ainda não chegou, continuam tempos de contenção e já não teremos o peso da presidência da UE, isto faz sentido?
Um estudo do Instituto da Droga e Toxicodependência, revela que cerca de 40% dos toxicodependentes que consomem há mais de 10 anos, nunca fizeram tratamento. Os custos sociais e económicos deste tipo de exclusão são enormes. Em 2007 faz sentido apresentar esta ineficácia?
Segundo a Lusa, o Presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio, ofereceu à cidade da Beira, Moçambique, um camião de recolha de lixo com 25 anos de uso e considerado sem préstimo pelos responsáveis da cidade moçambicana. Em situações de carência a disponibilidade para coleccionar antiguidades será pouca. Faz sentido esta oferta?
Em Portugal, a venda de automóveis de luxo subiu 7.5% enquanto a média da subida na UE, como sabem constituída por países bem mais pobres que nós, foi de cerca de 2%. Faz sentido?
Uma funcionária seriamente dependente, ao que parece de forma clinicamente comprovada, teve de regressar ao trabalho com ajuda de familiares devido à recusa de reforma por invalidez por parte, adivinhem, da Caixa Geral de Aposentações. Só a intervenção do Ministro das Finanças terá desencadeado a reapreciação da situação. Faz sentido?

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