sexta-feira, 7 de setembro de 2007

ANTI-INFLAMATÓRIOS EM EXCESSO. COMO NÃO?

Há pouco tempo soubemos que temos um altíssimo nível de consumo de antidepressivos. Agora informam-nos que consumimos anti-inflamatórios em excesso. Tentemos perceber algumas razões.

Uma análise do que temos à nossa volta permite constatar, entre muitíssimos outros aspectos, que temos taxas de juro inflamadas que não param de subir, uma inflamação no nível de desemprego que teima em não baixar, uma inflamação nos salários que lhes não permite subirem, uma inflamação na economia que teima em não se curar, um inflamado discurso do Dr. Menezes sempre que fala do Dr. Mendes, uma expressão inflamada do Primeiro-ministro sempre que lhe dirigem críticas, o Dr. Portas, ele próprio um inflamado, o Sr. Scolari que pede que o país se inflame com a selecção, o Sr. Camacho que regressou e inflamou os benfiquistas, os professores inflamados com a Senhora Ministra da Educação, os polícias inflamados com as chefias, uma relação inflamada dos militares com a tutela, o Dr. Jorge Coelho que se inflama com o Dr. Pacheco Pereira que não percebe o oásis, a inflamação mediática da tragédia de Madeleine, as manas Salgado que inflamaram o apito, as chamas que felizmente menos inflamadas sempre vão aparecendo e, finalmente, uma fortíssima inflamação na nossa paciência face a uma boa parte do panorama que nos rodeia. Valha-nos que o Dr. Santana Lopes, o Pedro, anda bastante menos inflamado.

Nesta situação, creio que o recurso aos anti-inflamatórios se percebe. Parece-me ainda que este recurso é, apenas, um primeiro passo em direcção aos antidepressivos.

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