domingo, 8 de julho de 2007

AFINAL, TUDO NA MESMA

Voltei ontem à noite de cinco dias em Praga, cidade a não perder e que encontrei bem diferente, passados vinte e um anos. À velocidade a que o mundo se move esperava encontrar diferenças cá pela terra. Decepção.

Ao correr do teclado, sem ser exaustivo, fiquei a saber que se investiga o negócio dos submarinos que envolve o Dr. Portas, o Paulo e li que o Ministro da Agricultura, coerentemente com o actual clima de arrogância, depois de interpelado por um pescador (sublinhe-se que de forma não jocosa), lhe sugeriu que saísse da União Europeia. Soube que numa intervenção extremamente pedagógica, a Senhora Secretária de Estado da Saúde nos explicou que se pode dizer mal do governo em casa, na esquina ou no café desde que haja “sensibilidade social”. Percebi também que, provavelmente por sensibilidade social, as juntas médicas da Caixa Geral de Aposentações recusaram a reforma a dois professores com doenças terminais e que o Bastonário da Ordem dos Médicos, também por sensibilidade social, terá ficado incomodado com a sensibilidade dos seus colegas das referidas juntas.

Verifiquei ainda que o Primeiro-Ministro Sócrates, o Eng., inaugurou, longe do povo, uma ponte no Carregado. Parece que continua animada a campanha para a Câmara de Lisboa. Vi o Prof. Carmona a andar de mota, vi o Prof. Garcia Pereira a andar de barco, vi o Dr. Telmo a andar de vassoura na mão, vi o Dr. Fernando Negrão a andar para atrás baralhado com tanto apoio do partido, vi o Dr. António Costa a carregar a política do governo às costas, vi o incontornável Dr. Manuel Monteiro ao lado de um grupo patético afirmando estar no deserto e… mais não aguentei.

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