quarta-feira, 9 de maio de 2007

MADELEINE E ROSETA - sinais dos tempos

Breve comentário a dois dos mais impressivos pontos da agenda de hoje.

No Algarve, no país, no Reino Unido, como a totalidade da imprensa sublinha, agitam-se as pessoas, as instituições de todas as áreas e as consciências a propósito do desaparecimento da pequena Madeleine. Desejamos todos que a situação se resolva de uma forma não mais devastadora para a criança e para os pais do que já está a ser. No entanto, creio que, para além das reacções emocionadas, do exaustivo acompanhamento mediático e do empenho em solucionar positivamente o problema, os problemas, importaria promover de forma também empenhada, persistente e com meios adequados, uma cultura de protecção da criança, a que aqui já me tenho referido. As sociedades e os valores mudam, as circunstâncias de vida das famílias e das crianças e os riscos potencialmente existentes alteram-se, pelo que, para problemas diferentes exigem-se atitudes e respostas diferentes. Mais atenção e prevenção antes da reacção.

A arquitecta Helena Roseta veio a público anunciar a sua disponibilidade para se candidatar, como independente, à presidência da Câmara de Lisboa. Não sendo eleitor em Lisboa e, portanto, não envolvido neste processo eleitoral, parece-me positiva uma candidatura fora do âmbito partidário, e não sustentada em razões como as envolvidas nas situações de Fátima Felgueiras, Valentim Loureiro e Isaltino Morais. Os partidos constituem-se como um dos pilares da democracia, não como os donos da democracia, ou seja, uma democracia assente numa encapotada partidocracia, é uma democracia mais frágil e com menos qualidade na cidadania.

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